quarta-feira, 30 de julho de 2014


e ver a morte assim... diária...
a escavar um fosso permanente






"quem disse que o tempo aplacaria a dor?"






(foto: meta-imagem inconcreta)

e quando a luz nos é retirada
porque alguém ficou por ela (a nossa) a (re)luzir ??...






(foto: light and shadows by wouter brandsma)

sexta-feira, 25 de julho de 2014




quem não sabe receber
estará sempre aquém de amar
irá sempre reclamar...

(foto: iva jauss - me and my life)

quinta-feira, 24 de julho de 2014


às vezes sentimos que andamos cá por uma causa que ninguém entende...

(foto: iva jauss)

sábado, 7 de abril de 2012

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011



nessa altura do ano

costumávamos passear com os nossos vestidos brancos durante o dia

depois o sol punha-se
recolhíamos a casa
e fechávamos a porta

matávamos os bichos em silêncio e queimávamos as ervas

no ritual decidíamos as preces interditas

o ar povoava-se dos cheiros estranhos
que o sagrado negava

e eu, já despida
pegava no vestido branco do dia
e imprimia-lhe as pegadas da ave ensanguentada

depois recolhia aos lençois
e aguardava que a prece funcionasse

o destino ditar-se-ia conforme o cantar do galo pela manhã

se a canção permitisse... daí a uns dias teria cabelos negros para afagar
e uma cova a mais no colchão de feno

se a canção permitisse... estaria prenha daí a uns meses...




nunca mais precisaria de matar as galinhas
nunca mais precisaria de lhes arrancar o coração
em função do meu...

domingo, 17 de julho de 2011

que fuga pode haver para quem não esquece?